Este ano que se encerra hoje, pode ser traduzido como um complexo paradoxo, para nós enquanto profissionais da saúde.
Se no ano anterior a pandemia nos pegou de surpresa e nos obrigou a reinventar nosso trabalho em meio a incertezas, inclusive quanto a nossa essencialidade; em 2021, graças à excelência de nosso trabalho, ficou evidente o quanto nosso serviço é importante e o quanto a ausência dele é prejudicial. Se não estamos, fazemos falta!
Mas esse reconhecimento pareceu vir apenas de um lado: Dos que são por nós atendidos no dia a dia.
Do lado de quem emprega, dos gestores políticos, a indiferença foi uma constante. O discurso não se traduziu em prática. Ao contrário, por vezes, a frieza na relação tornou-se rigidez de traço autoritário, ameaçador.
Resilientes que somos, seguimos nosso trajeto, acumulando aprendizados, e cientes de que precisamos estar cada vez mais juntos. Se antes lutamos muito para sermos compreendidos dentro do próprio setor de saúde, essa luta agora precisa ultrapassar essa redoma para o âmbito político e buscarmos adquirir o respeito que nossa classe merece. Temos o principal: nossa competência e o apoio daqueles a quem servimos. Precisamos cultivar a consciência política, participar dos espaços de diálogo, penetrar nos espaços de poder. Não fazemos isso isolados.
Que em 2022, tenhamos a força necessária para dar um pontapé inicial nessa construção, pois ninguém o fará por nós!
Muita saúde e Paz a todos nesse ano, que possamos fazer com que seja realmente um ano NOVO!
Feliz 2022!!!